sexta-feira, 17 de junho de 2011

Cega.

Postado por Aline Theodoro. às 10:45
A minha maior dúvida é como pode existir pessoas tão diferentes no mundo. Como as pessoas podem fingir tanto? Pessoas te mostram um lado reconfortante e amigável, mas elas não são isso.  Não adianta declarar que não é repugnante isso, que não me importo, eu me importo comigo, me importo com as pessoas. Pode ter uma parte totalmente fria, gélida dentro de mim, mas existe a parte humana que ainda não foi desligada, aquela que eu forço a não sentir nada, a não deixar as pessoas afetarem. Pessoas tentam me derrubar a todo momento, e eu fico cada mais forte com isso, ou cada vez mais fraca.
Tento não me arrepender de nada, mas o que eu quero é fugir pra algum lugar onde as pessoas não tenham informação alheia suficiente pra julgar. Começar tudo de novo, é possível? Se fosse possível eu ia fazer tudo de novo, igualzinho. O ruim de tudo é que ninguém consegue dar valor ao que tem nas mãos, eu nunca consegui valorizar, e quando me tiveram não deram valor também.
Um dia eu vejo o melhor das pessoas, e outro eu só enxergo o pior, pois cansei da minha ingenuidade, inocência. Já fiz coisas que não combinavam comigo, pra ver se tudo melhorava, mas no fim só consegui perceber que o melhor é eu ser eu mesma, assim não magoo ninguém e não sou afetada ninguém. E ser eu mesma, pra que possam ver a melhor parte de mim. Não posso deixar o errado me manipular, pois um dia serei o que tentei ser, e não me reconhecerei.
Um dia eu machuquei alguém, talvez várias pessoas, por causa do meu jeito instável e inconstante de ser. Mesmo sendo inevitável e não proposital isso acabou gerando uma barreira em mim, prendendo meus sentimentos, minha capacidade de expor e demonstrar o que eu sentia. Talvez eu tenha me machucado também, talvez estejam me magoando agora, mas eu finjo tanto não sentir que não é capaz de saber se é ou não. Procurei outras pessoas, procurei sentir as coisas, mas a minha capacidade não está mais comigo, está com a pessoa que tirou ela de mim, por mais que eu me engane, eu tenho que buscar com essa pessoa tudo que ela tirou de mim, estou presa a ela e ela está presa a mim. Essa pessoa não desistiu de mim por muito tempo, e esses dias eu percebi que talvez seja ela quem posso tirar a instabilidade de mim, mas estou tão anestesiada pra isso, que é melhor eu ir embora. Voltar daqui um tempo e começar tudo de novo no mesmo lugar, deixando o outro lugar que eu tentara fazer o mesmo.
Estou com medo, pois eu tinha um diferencial. Eu deixei que corrompessem ele, e agora sou comum. Não quero isso pra mim, eu tenho que voltar a ser quem era. E eu estou aqui antes, só que cega.

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