Não sei como, mas ele começou a repassar a cena. A porta, folhas jogadas pelo chão, cacos de vidros para todos os lados, fotos rasgadas. Lembra também dela dizendo que ia embora. Olhou para suas mãos, entre os dedos, conseguiu recordar dos murros que dera na parede. Gozou dos seus atos, empurrando-a na parede, gritando com ela, dizendo que ela-não-podia-fazer isso (sim, ela pode). Lembra do conhaque, lembra dos cigarros. Todos os soluços, todas as tentativas inválidas de esquecer.
Não consegue suportar o cheiro de cinzas pela casa, o que sobrou das fotos delas. Ele grita, mas não consegue produzir som algum. Foi assim que ele suportou todos esses dias, gritando em silêncio.
E, agora, está lavando seu rosto totalmente desfigurado no espelho quebrado. Volta pra cama, tenta dormir. E ainda sente, o resto do seu estômago, definhar.
2 Filosofadas legais.:
nooossa parabens!!
Obrigada!
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