Se eu pudesse eu gritaria, mas choro. Porque é o que nós fazemos quando não temos mais voz.
Derramo ultimamente diversas de lágrimas silenciosas e ácidas. Vomito diversas palavras procurando amenizar a dor. É mafioso falar de dor, ela parece o pior sentimento existente e o mais presente também. Tem vezes que ela parece doce, posso assimilar mais um adjetivo pra ela então: hipócrita. Ando de olhos vendados o tempo inteiro, sem ver pra onde estou indo, sem perceber o que estou fazendo. Uma hora as vendas caem e a realidade me traz a sensação horrorosa de perca, desprezo e humilhação.
O que estranho é como uma realidade pode ser pior que a outra, como uma queda pode ser maior que a própria. E enquanto isso tento adormecer e minhas noites parecem assombrosas, os meus dias nebulosos.
Como se eu estivesse diante de uma rotineira neblina, e tentasse me desfazer da fumaça pois meus pulmões estão prestes a explodir.
Vivo num mundo onde cada dia não é apenas um. Vou empurrando toda sujeira desse mundo pra um canto onde tento esconder-me e desfazer-me das tais. Mas não é possível, porque no fim quanto mais nos movemos e tentamos nos escondemos mais imundos ficamos.
quarta-feira, 9 de março de 2011
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